terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Economia crescente e falta de mão de obra fazem Japão ter a maior oferta de emprego desde 1973

A economia japonesa está passando pelo seu segundo ciclo de expansão mais longo na era do pós-guerra 

Emprego no Japão
A disponibilidade de emprego do Japão em 2017 aumentou para o nível mais alto em 44 anos, disse o governo nesta terça-feira, no mais recente sinal de que o país atingiu uma boa fase de crescimento econômico.

O índice de empregos subiu para 1,50 no ano passado, o maior resultado desde 1973, quando atingiu o recorde histórico de 1,76. Isso significa que 150 vagas estavam disponíveis para cada 100 candidatos a emprego.

A taxa de desemprego caiu pelo sétimo ano consecutivo, para 2,8%, a menor desde 1993, mostraram dados do governo.

A economia do Japão, que cresceu a uma taxa anualizada de 2,5 por cento em julho-setembro, está passando pelo seu segundo ciclo de expansão mais longo na era do pós-guerra, ajudada pela forte demanda no exterior.

A taxa de desemprego manteve-se abaixo de 3 por cento para grande parte de 2017, mas a escassez de mão de obra ainda não se traduz em crescimento salarial mais robusto, uma dor de cabeça para os formuladores de políticas econômicas, já que o Banco do Japão ainda está longe de atingir sua meta de inflação de 2%.

As taxas de participação da força laboral das mulheres aumentaram, enquanto as empresas também encorajaram pessoas idosas a retornar ao mercado de trabalho.

O número de mulheres nas folhas de pagamento atingiu um máximo de 28,59 milhões em 2017, e a taxa de desemprego feminino ficou em 2,7%, ante os 2,8% em 2016. O desemprego masculino caiu para 3,0%, abaixo dos 3,3% do ano anterior.

Em dezembro, a disponibilidade de emprego aumentou para 1,59, atingindo seu nível mais alto em 44 anos, mas o desemprego subiu para 2,8%, ante 2,7% em novembro, piorando pela primeira vez em sete meses, de acordo com dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar e do Ministério do Interior e das Comunicações.

"A situação pode ser diferente dependendo do setor e entre trabalhadores regulares e de meio período, mas é evidente que a escassez de mão de obra é grave à medida que a economia está se expandindo", disse Yuichiro Nagai, economista da Barclays Securities Japan Ltd.

O primeiro-ministro Shinzo Abe está pedindo às empresas para aumentar o salário dos funcionários em pelo menos 3 por cento a partir do próximo ano fiscal, que começa em abril.

As empresas estão relutantes em aumentar os salários em parte por causa da incerteza sobre suas perspectivas econômicas e algumas, aparentemente, preferem aumentar o salário dos funcionários temporários para garantir trabalho, e não para os efetivos, de acordo com uma recente análise do governo.
Fonte: Alternativa com Reuters
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